Saímos no meio da manha para Santa Cruz e andamos neste dia por três microclimas distintos.
Subimos uma grande cordilheira andando com a temperatura de aproximadamente 12 graus, e com o tempo foi se transformando em floresta amazônica, com grandes arvores nas cordilheiras.
Paramos em uma “tranca” e fomos abordados por dois policiais bolivianos que queriam revistar a nossa moto. Prontamente comecei a abrir os bauletos, mas já estava ficando nervoso com o tratamento dispensado a nós.
Meio rispidamente indaguei ao policial sobre o que ele procurava. Ele meio que sem entender disse que procuravam drogas.
Eu então disse que estávamos viajando por três países e não seriamos loucos de trazer qualquer coisa proibida em nossas motos.
Ele ficou meio sem graça e desconversou, indagando como estava a viagem.
Eu respondi que estava ótima, com exceção da nossa estadia na Bolivia, pois não conseguíamos abastecer, ninguém nos ajudava e ele já era a terceira pessoa que queria revistar a nossa moto.
Com um sorriso amarelo nos liberou e mandou-nos seguir viagem.
Neste momento a temperatura estava em aproximadamente 20 graus e logo após a descida da serra viajamos a 37 graus! Um forno!
A descida desta serra foi um pouco complicada por conta de inúmeros desabamentos que ocorreram, além das manutenções necessárias para manter o asfalto.
Releva dizer que em alguns trechos eles assentam pedras roliças no pavimento, pois são zonas geologicamente instáveis. Há que se ter cuidado nestes trechos.
No final da tarde chegamos em Santa Cruz que para nós foi uma outra Bolivia.
Após termos nos instalados no hotel fomos visitar o irmão da Mirian que estuda nesta cidade.
Mais tarde o nosso amigo Fábio de Cochabamba nos ligou dizendo que também estava em Santa Cruz e combinamos então de jantarmos no bar chamado Goss do nosso amigo Pablo Unzueta.
Jantamos comida japonesa e no final da noite ele ainda nos brindou com duas garrafas de Chandon. Santa Cruz é boa mesmo!